Do alemão doppel - duplicata - e gänger - andante.
O vi sair da padaria. Um pacote de pão e um maço de cigarros. Sacudiu o isqueiro esperando pela última faísca e acendeu um deles. Parecia Caio F., e por isso soou-me tão familiar.
Tragou rápido, 1, 2, 3 vezes. Soltou no ar aquela fumaça cinza - estranha de sequer ser cogitada proveniente de seus pulmões. Seus movimentos eram rápidos. Acompanhei tudo enquanto estava parada no sinaleiro.
Não sei o porquê da aflição e nervosismo. Não sei nem o motivo e quando começou a fumar.
Eu não gosto de cigarros, não tenho movimentos tão rápidos, mas acho que entendo como ele se sente.
[...]
:) Ótima crônica do cotidiano!
ResponderExcluirA fligura do doppelganger sempre me encantou, mas de uma forma "mística". Nunca pensei em ver a lenda transformada em algo poético assim.
ResponderExcluirMeus parabéns.
confesso que tive que pesquisar mais sobre o tal doppelganger pra me situar. e, sinceramente ?! me situei tanto que ficou parecendo que tuas palavras saíram de dentro de mim. relato intrinsecamente íntimo e compreensível, até demais.
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