A tarde cai sobre os ombros da montanha, fria como o vento que me preenche de você. O trânsito está parado, os faróis dos carros apressados me lembram seus olhos, como sempre.
À minha direita, entre as árvores altas que atrapalham a minha visão ao redor da estrada, vejo as luzes pequeninas e brilhantes que circundam as águas da ilha. Luzes como as estrelas que te iluminam e a mim também, que nos unem através da distância. A lua é a mesma para mim e para ti, aonde quer que tu esteja...
Enfim, apesar da paisagem que me faz ficar na dúvida sobre sorrir ou chorar, eu queria pedir para que tu fuja. Puro sangue não deve puxar carroça; tu não deve ouvir meus reclames, que solto todos os dias, gritando minhas velhas novidades em teus ouvidos.
Sei que eu posso por um ponto final na história, ao menos nesta carta. Mas não, eu não colocarei um fim. Aonde está você agora além de aqui, dentro de mim?
Maravilhoso, como sempre.
ResponderExcluirviagens sempre nos trazem pensamentos assim, sentimentos assim; só nunca me trouxeram tanto talento pra escrever de tal maneira.
ResponderExcluirabsurdamente lindo.
adorei
ResponderExcluir(Aonde está você agora além de aqui, dentro de mim?)
essa parte diz tdo :)
Não existe fim. Aonde for, seja o que for, o que acontecer, sempre continuará!
ResponderExcluirlindo!
Já me perguntei isso, com outras palavras, com a mesma finalidade.
ResponderExcluirDiscrepância do destino...
ResponderExcluirDistância sucks. Já fui vítima desse mal.
Bonito texto. =*
sempre dentro da gente, na pele, nos poros...
ResponderExcluirbeijo!