Há algo que incendeia, implora, grita. Contrasta com a ternura da chuva morna que me toca enquanto estou aqui, deitada sobre a grama. Eu seria capaz de qualquer coisa para compensar a minha insanidade e fazer com que a minha maldita auto-piedade fosse embora. Eu quero te proteger do perigo, qualquer que for.
E agora seus dedos estão entrelaçados aos meus e você toma vinho tinto na minha taça suja de batom; me pego pensando sobre quem deveria proteger quem e sobre os nossos abraços inesperados na cozinha, sobre os meus gritos sem sentido e os seus suspiros profundos de reprovação. Estamos numa enrascada sem solução, não estamos?
Esqueça as consequências, deixe seus sapatos ao lado dos meus e suas chaves na minha penteadeira, e não esqueça de avisar que só voltará pra casa na semana que vem.
Nós cruzamos os oceanos mais profundos, carreguei todo o mar.
ResponderExcluirE se você não acredita em mim
Apenas segure minhas mãos.
Apenas semana que vem...
ahh, arctic monkeys *---------* e esse começo me é familiar, não acha ? (:
ResponderExcluiré, evelyn, você conseguiu achar um final totalmente apropriado, está lindo.
Sim, esse começo é bem familiar! Haha, achei o meu final, obrigada. :)
ResponderExcluirVenho esperando por abraços na cozinha.
ResponderExcluirMuito lindo.
Só percebemos o quão bons são esses abraços inesperados quando já não os temos.
ResponderExcluirLindo post!
Sutileza e ritmo, para quê melhor ?
ResponderExcluirvocê sabe sobre o que escreve, sinto sua falta.
ResponderExcluirestrelinha!
Você escreve muito bem, sério. Posso postar seu texto no meu Tumblr ?
ResponderExcluir@caio_ca