Como sempre, ia pra casa. Nada chamou sua atenção, a não ser pela angústia que a corroía, a ansiedade que percorria suas veias e seus passos à combinar com seus flashes rápidos de nostalgia eufórica. Aquele gosto doce lhe trazia mais lembranças. Contrastavam com o amargo de não entender o que havia para não conseguir sequer colocar a chave na fechadura da porta, fazê-la abrir.
A porta abrir, seu coração abrir.
E então, por sabe lá o que, ela se abriu. E a janela aberta soprava forte e seu voil dançava delicado, renovando o ar com um perfume absurdo. Esse vento levava embora lentamente a poeira áspera que pousara, com cuidado, sobre as manchetes antigas, sobre o porta-retrato com uma foto sem vida desprovida de lembranças, sobre as rosas champagne, já murchas, deixadas sobre a mesa com um cartão de despedida. E bagunçou-se tudo, as camisas penduradas com cuidado foram ao chão e as páginas marcadas do livro se misturaram.
E mesmo que tudo se arrumasse já mais nada assim seria. Fora-se a poeira que a aflingia e a aprisionava, por um vento que agora tem nome. Ela daria novas chances para novas rosas champagne.
Sem despedidas.
um novo amor sempre nos traz ar novo e uma imensa vontade de o respirar.
ResponderExcluira-d-o-r-e-i *-*
R-e-c-o-m-e-ç-a-r.
ResponderExcluirEssa é a palavra.
lindas palavras senhorita :)
ResponderExcluirS-e-m m-á-g-o-a-s
ResponderExcluirSó assim se pode amar novamente.
Você é que nunca deve parar. Você continua meus posts sem ao menos saber. Você talvez sem querer tira tudo o que sinto como alivía muitos pelo mundo.
Nunca abandone seu dom *-*
Se ela sabe o momento certo para buscar novas rosas champagne, ao convite da vida ela dançará como seu voil dançou delicado.
ResponderExcluirAbraço, Evelyn!
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com
Coisa linda esse blog e o texto maravilhoso.
ResponderExcluir*-* Invejinha desse texto.
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