- Nunca diga não pra mim,
eu não vou saber trabalhar, conversar, descansar sem o teu sim -
O meu lorde inglês anda na chuva e ignora qualquer pedido sobre as demonstrações públicas de afeto. É daqueles que pensam demais, que correm atrás, que guardam o beijo na concha das mãos, que abusam dos efeitos sonoros enquanto sussurra absurdos no ouvido do meu coração.
O meu lorde inglês poderia trazer mil rosas, mas prefere a flor do campo roubada do jardim do vizinho; poderia buscar o mais caro, mas prefere o cachorro quente da banquinha e o chocolate meio amargo comprado na padaria.
O meu lorde inglês tem olhos que sorriem, olhos de estrela, pequeninos assim de um jeito candidamente declarativo, como um prelúdio, uma capa de romance clichê e doce que convida para deslizar os dedos pelas páginas, devagar, sem ignorar sequer a dedicatória.
- Se eu corro, eu corro demais só pra te ver, meu bem
É que eu quero um socorro. -
minha lady.
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