quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Answer to Leila.

Leila,

Sabes que nunca disse um não nem um sim por não ter certeza do meu amor. Aliás, eu tinha certeza, eu não tinha certeza se saberia correpondê-la à altura...
Certo, agora podemos voltar à história normal. Você me sufoca. Eu tenho medo de demonstrar algo a ti que eu sinta, pois sei que a cobrança será muito maior, e não estou preparado para isso.
E é assim, Leila. O amor é traiçoeiro, te passa uma rasteira que te derruba e mesmo assim você levanta e implora por ele, querendo um vestígio de romance, um vestígio de atenção que sim, você merece, mas não de mim. Alma gêmea é balela. Apenas uma pessoa que te complete você ainda não achou, ou ainda não deu atenção por querer a minha atenção.
Essa carta está horrível, primeiro pelo seu ponto final, segundo por eu não sentir a mesma intensidade que você.
O amor não é algo que quanto mais você tem, mais você quer.
Eu não estou me revoltando quanto ao amor... Já me acostumei e aceitei a ideia de que quanto mais corro atrás mais ele foge; vou deixá-lo chegar até mim, até que eu esteja completamente solitário de vez. Ele não chegará sozinho, eu sei; mas quem eu quero está tão longe de mim, como diria a música, em casa lendo um livro qualquer e nem sequer dando atenção aos pensamentos que dirijo à ela.
É assim que deve ser. É assim que é. Junte-se a ele, Leila. O amor não é do tipo de amigo que passará a mão pela tua cabeça quando você precisará. Ele é do tipo que joga teus defeitos na tua cara quando você menos precisa lembrar deles.
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"I've exposed your lies, baby
The underneath is no big surprise
Now it's time for changing
And cleansing everything
To forget your love

My plug in baby
Crucifies my enemies
When I'm tired of giving
My plug in baby
In unbroken virgin realities
Is tired of living

Don't confuse
Baby you're gonna lose
Your own game
Change me
Replace the envying
To forget your love

My plug in baby
Crucifies my enemies
When I'm tired of giving
My plug in baby
In unbroken virgin realities
I'm tired of living

And I've seen your loving
But mine is gone
And I've been in trouble."

Muse - Plug In Baby.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Oh, yeah, I fell a rat upon a wheel.

Darling,

Bom, te escrevo mais uma vez, como todas as noites tento. Dessa vez farei de uma vez só, de forma mais exata, definitiva, sem modos de aceitar uma possível continuação ou uma explanação tua. Esse será um ponto final para nós, um desabafo. Não um ponto final para mim, você sabe muito bem, até mais que eu, que não sou boa para finais. Sou boa para reticências e interrogações, apenas.
Bem, antes eu estava desesperadamente me sentindo o tal rato que gira sem parar na rodinha de sua gaiola; poderia dizer agora que você simplesmente nunca esteve aqui, sem mencionar sua mania de dominar o jogo? Você me deixou de lado mais uma vez. Não vou me deixar abater em vão por quem não me enxerga, mesmo quando estou ao seu lado, e você sabe da metáfora que uso.
Acho que sabes bem que as únicas coisas que ouço ultimamente são os passos da solidão, tentando entrar pela porta, pela janela, por todos os cantos. Mas NÃO, em alto e bom som, eu não deixarei ela entrar. Nem ela, nem mais nada que você deseje.
Também queria que soubesse, Senhor Neutralidade, que por vezes decidir tudo e falar duma vez é a melhor coisa a fazer. Falsas esperanças destroem mais que um simples não, enfim.
Acho que você sabe muito bem dos meus defeitos. Do meu ciúme, da minha paixão, da minha necessidade contínua por atenção, da minha necessidade de provas. Mas não, mesmo sabendo, o que te torna ainda mais cruel, você derrubou meu amor como um brinco que cai embaixo dum armário e fica esquecido. Como uma rosa deixada entre um livro para apenas marcar uma página, ficar lá secando, de enfeite. Eu não quero ser uma página para ser lembrada, querido. Eu quero ser uma página vivida, uma história inteira.

Atenciosamente,
Leila.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Carnival.

Ao som de Carnival (acoustic) - The Cardigans.

As únicas coisas a brilharem naquela noite eram as luzes da roda gigante e as fachadas de neon das lojas de souvenires. Caros, por sinal. Aquele povo só guardaria aquele momento mágico na lembrança; aquela tela enorme de cinema-mudo, aquele parque de diversões ambulante, com rodas enormes que giram e aqueles cavalinhos que sobem e descem do carrossel.
As únicas coisas a brilharem naquela noite eram... até ela chegar. E fazê-lo gastar inocente em uma pipoca doce e dançar com ela ao som da música do carrossel, no chão de terra batido, levando aos suspiros todas as outras moças de saia rodada da vila - por um rapaz franzino, um mero Zé, mas um Zé apaixonado.

_ También ha brillo en tus ojos.
_ Sabes que estoy colgando en tus manos, asique no me dejes caer.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Blog de ouro!


Então, fiquei muito feliz em ser indicada pela minha xará liiiinda, do Folhas do Meu Outono, ao Blog Selo de Ouro.
Pra quem quiser seguir a Evelyn o blog é www.folhasdemeuoutono.blogspot.com. Obrigada!

Ao aceitar receber esse selo, os indicados devem cumprir quatro procedimentos básicos.
1. Colocar a imagem deste selo no seu blog;
2. Indicar o link do blog que te indicou;
3. Indicar outros blogs para receberem o selo;
4. Comentar nos blogs dos indicados sobre a indicação.


Vamos aos indicados!
Verônica, do Gils Sets Fire - www.girlssetsfire.blogspot.com
Fred, do Diário de Bordo - www.fredguimaraes.blogspot.com
Jacqueline, do Há Tempo de Brincar - www.hatempodebrincar.blogspot.com
Mariana, do O Futuro é Incerto - www.sincerefantasies.blogspot.com
Fernanda, do Borboletas Nunca Mais - www.borboletas-nuncamais.blogspot.com
Daniela, do Daniela Filipini - www.danielafilipini.blogspot.com
Ana, do Grafite - www.graf-fite.blogspot.com


É isso aí, obrigada!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nothing is as it seems.


Nada é o que parece.
Perdi a vontade de escrever. Nada é mais tão mágico e encantador, inspirador das minhas noites sem sono. É tudo muito monótono, tudo muito chato e sem vida. Se, como dizem uns e outros, os dias em que me vejo só são dias em que me encontro mais, eu não sei se quero ficar só.



Chamam isso de crise existencial.
Obrigada aos novos seguidores, sempre que der retribuo a visita.